Prevenção da Displasia em Cães
Cães, Saúde

Como prevenir a Displasia Coxofemoral em Cães

A Displasia Coxofemoral em Cães é uma das doenças ósseas mais comuns. Saiba como prevenir essa doença que causa muito sofrimento nos peludos.

 

A displasia coxofemoral afeta milhões de cachorros em todo o mundo. Conforme a doença progride, as articulações do quadril do cachorro começam a degenerar, causando aumento da dor e problemas de mobilidade para o cachorro. Se a displasia não for diagnosticada e tratada, o cachorro afetado por este problema, acabará incapacitado de locomover-se com suas patas traseiras além é claro de sofrer dores bem desagradáveis.  No entanto, a grande maioria dos cães com displasia da anca podem levar uma vida plena e ativa, principalmente se a doença for diagnosticada precocemente e o tratamento adequado for administrado e mantido provavelmente para o resto de sua vida.

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A Displasia afeta milhares de cães e é importante que a prevenção da doença seja feita independente da predisposição genética do pet.

O início da prevenção de displasia será na hora da escolha do filhote, caso você opte por um cachorro de raça pura, procure um criador responsável. Acredita-se que se dois cachorros com displasia coxofemoral não acasalarem, não existirá problema para seus filhotes. Isso simplesmente não é verdade. Dois cães com radiografia coxofemoral que tenham permissão para acasalamento, ainda assim poderão produzir descendentes displásicos se os genes responsáveis por essa doença estiverem presentes na árvore genealógica de seus ancestrais. Por este motivo a reprodução seletiva é fundamental na redução da probabilidade de cães com predisposição genética de adquirir displasia coxofemoral ao longo de sua vida.

Criadores sérios e responsáveis irão garantir que seus cães possuem uma linhagem saudável, que poderá ser rastreada por várias gerações.

Ao comprar um filhote tente olhar para a musculatura equilibrada nos membros traseiros, o que reduz a incidência de displasia. Para quem pretende comprar um cão, a melhor maneira de diminuir a possibilidade de obter um animal que possa vir a desenvolver displasia é examinar a incidência de displasia coxofemural na linhagem dos exemplares que deram origem a sua ninhada. Você poderá solicitar a um criador confiável os laudos de exames não só dos pais e avós da ninhada, mas ainda três ou quatro gerações anteriores, principalmente no caso de compra de cães de raças com predisposição genética em desenvolver a doença.

Infelizmente, criadores de cachorro de fundo de quintal irão gastar pouco com o cuidado com a saúde genética de seus reprodutores e nestes casos provavelmente haverá uma maior probabilidade de displasia coxofemoral em ninhadas de criadores irresponsáveis.

Confira a seguir a classificação de displasia coxofemoral para animais reprodutores:

Classificação da Displasia Coxofemoral
Classificação Grau e Descrição Reprodução
HD- Sem sinais de displasia coxofemoral Apto à reprodução
HD+/- Articulações coxofemorais próximas do normal Apto à reprodução
HD+ Displasia coxofemoral de grau leve Ainda permitido
HD++ Displasia coxofemoral de grau moderado Não apto à reprodução
HD+++ Displasia coxofemoral de grau severo Não apto à reprodução

 

Também é importante manter-se informado sobre as necessidades nutricionais de seu cachorro. Quando um filhote tem uma predisposição genética para a displasia coxofemoral, a alimentação que contenha um alto teor calórico, dieta rica em proteínas que produz rápido ganho de peso irá aumentar a probabilidade de desenvolver a doença, porque os ossos e musculatura irão crescer muito mais rapidamente.

A hiperalimentação de um cão, também acabará fazendo com que a obesidade agrave problemas articulares, podendo levar a displasia, causando inflamação articular ao colocar pressão extra sobre as articulações.

Filhotes necessitam de doses equilibradas de exercícios físicos. Atividades de alto impacto, como saltar (especialmente sobre as patas traseiras) colocará pressão extra sobre os quadris do cachorro que também pode levar à deterioração das articulações do quadril.  Por isso não permita que seu filhote pule nas pessoas nem fique olhando pelas janelas. É importante evitar atividades que possam causar esforço repetitivo ou que não são naturais na movimentação de um cachorro.

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Evitar o impacto é um dos cuidados que devem ser tomados desde que o pet é filhote.

Resumidamente, a melhor maneira de se evitar a displasia coxofemoral é não deixando que filhotes façam exercícios que causem impacto, que fiquem obesos, vivam em pisos lisos, passem por algum trauma ósseo na fase do crescimento. Já no caso da displasia coxofemoral congênita, retirando os cães displásicos da reprodução, consegue-se uma diminuição do problema, o método não é infalível porque alguns cães não tem a displasia coxofemoral, porém carregam o gene que a transmite para gerações.

DICAS DE PREVENÇÃO:

  • Evite a instalação de pisos escorregadios nos locais em que os cães transitam, se não for possível, experimente o uso de meias ou sapatinhos antiderrapantes caso perceba que o peludo escorrega ou desliza constantemente;
  • Adote uma rotina de exercícios físicos leves, que estimulem o desenvolvimento muscular e ósseo dos filhotes. O limite é determinado pela visualização do cansaço excessivo dos cães – e cada cão tem o seu próprio ritmo;
  • Se possível, adote os exercícios aquáticos, de menor impacto e, portanto, sem grande prejuízo às articulações (isto não é adequado para cães braquicefálicos – de cara achatada –, como o boxer, por exemplo);
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Fortalecer a musculatura também é importante, e se for possível optar por exercícios aquáticos de baixo impacto é bastante indicado.

  • Fique atento à dieta alimentar dos pets, é importante evitar sobrepeso e obesidade, fatores que estimulam o desenvolvimento da displasia coxofemoral mesmo em cães não geneticamente predispostos a desenvolver a doença.
  • Evite que o cão suba em lugares altos ou pule nas pessoas, se for necessário use escadas ou rampas para diminuir o impacto.

A Faixa para Levantar Cães é um acessório para auxiliar cachorros de médio e grande porte a subir em determinados lugares. Cães que já estão diagnosticados devem utilizar o acessório para amenizar os impactos.

Se o cão já estiver com o diagnostico da doença, para colaborar com o tratamento, o uso de acessórios que evitam impacto e auxiliam o acesso dos peludos a lugares mais altos como: escadas, rampas, faixa para levantar e ajudar a entrar no carros é essencial para amenizar a dor e não piorar ainda mais o problema. A alimentação, fisioterapia e tratamentos devem ser levados à sério afim de tornar menos sofrido o dia-a-dia dos já afetados pela doença.

 

Fonte: Blog do Cachorro

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